Vejo de uma maneira
positiva como pudemos estender nossas áreas
de contato e conhecer gente de tudo quanto é
lugar. Minha escrita neste espaço é
um exemplo de como o virtual desenvolveu em nós
proximidade: Betriz e eu nos conhecemos no SKOOB,
trocamos algumas mensagens, algumas escritas, aconteceu o convite e aqui estou,
honradíssimo com a oportunidade de poder escrever
(aproveitando peço perdão
pela falta de periodicidade, a vida anda fugindo dos trilhos, como sempre). Com
a facilidade dos Smartphones, tudo se tornou mais próximo
ainda: estamos acompanhando tudo em tempo real. Porém...
Existe um problema:
quando penso em rede sociais, sempre me vem a mente a capaciadade humana de
comunicação. De nos conhecermos, nos contruírmos
e interagirmos. Mas, na maioria das vezes, sinto que vivemos na verdade um
grito no deserto. Nas minhas experiências,
raras foram as vezes com que interagi com um desconhecido e obtive alguma
resposta. Parece que as bolhas só
se fortalecem e acabamos falando com nossos iguais, quando falamos... E note: não
estou aqui chorando pitangas pela falta de atenção
que poderiam ter comigo. Minha questão
vai mais além, dado que fico pensando o porquê
da não interação.
Em primeiro lugar, fico pensando que toda essa sensação
de ‘atenção absoluta’ dá
a seus usuários uma espécie
de mania de gradeza, de centralidade no universo. Daí,
talvez, a sensação de ‘esquecimento’. Na
vida real, não conseguimos nos comunicar com todos que queremos,
precisamos escolher as pessoas com quem compartilhamos nossas ideias e
sentimentos. Por que, então, queremos que na
internet todo mundo escute tudo da gente?
Outra coisa que ultimamente
tenho notado, talvez pelo período eleitoral que
vivemos, é o medo. As reações,
na maioria das vezes, são escritas pela raiva ou
pelo ódio. Assim, nos fechamos em nossas bolhas de segurança
dado que, quem sabe quem estará lá
fora? Logo, uma interação é
potencialmente tóxica e então
é melhor não
responder. Seja pelo medo ou pelo ego, sinto que as proximidades que as redes
prometeram (pelo menos para mim) era a proximidade para aqueles que já
eram próximos e, continua o imperativo, o face a face, sem
nenhum trocadilho, continua sendo a melhor maneira de conhecer e comunicar.
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